O Público de hoje trás uma notícia sobre o "sempre nebuloso tema do financiamento dos partidos". Onde também diz que:
"Os cartazes, em que os partidos gastam muito dinheiro, já não são colocados pelos militantes e pagos por empresas."
Deve ser por isso que eu tenho umas calças velhas guardadas para colar cartazes e pintar faixas e murais. É por que os militantes não colam cartazes...
E deve ser por isso que ando com uma bandeira do Partido a recolher donativos durante os comícios. É porque são empresas a pagar os cartazes de campanha do PCP...
Francamente!
Mas apesar da desonestidade intelectual do artigo podem tirar-se algumas conclusões interessantes:
"Os donativos pessoais são residuais, muito limitados, mas isso não tem evitado as suspeitas sobre as ilegalidades."
O que demonstra o que o PCP já dizia: que as limitações impostas pela nova lei de financiamento dos Partidos não aumentavam a transparência e que o seu único objectivo era dificultar o financiamento do PCP e a realização da Festa do Avante!
Pois é as generalizações dão mesmo muito jeito! Os casos excepcionais ficam, convenientemente esquecidos. Ora, particularizando honestamente, há que dizer que o financiamento do PCP não tem nada de nebuloso. Bem pelo contrário, tem sido sempre, da estrutura nacional às regionais e locais, profundamente transparente.
Vive dos contributos dos militantes, periódicos e extraordinários, dos seus eleitos, sem financiamento por parte de empresas, sem trafulhices nem obscuridades.
O PCP é tão transparente nas suas contas como exige que o Estado seja, numa postura de honestidade e coerência que sempre foram a sua imagem de marca.
15.11.09
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