14.7.09

A generosidade dos traidores

Roberto Micheletti, traidor profissional do povo hondurenho, teve um ataque de generosidade.

Se Manuel Zelaya abdicar do mandato que o povo lhe confiou em eleições livres e democráticas e voltar às Honduras para se entregar às autoridades golpistas Micheletti não tem nenhum problema em que lhe seja dada uma amnistía.

É uma situação no mínimo irónica.
O presidente de um governo interino que se originou na sequencia de um golpe militar, depondo, prendendo e expulsando um presidente democraticamente eleito.
O presidente de um governo interino que nenhum outro país do mundo reconhece como legítimo.
O presidente de um governo interino contestado todos os dias nas ruas pelo seu povo que se resiste a ser privado do seu direito de auto-determinação.
O presidente de um governo interino que responde a essa resistência usando a força bruta contra os seus compatriotas e contra os jornalistas estrangeiros que insistem em noticiar dita repressão.
O presidente de um governo interino que, apesar de se esconder atrás de supostas questiúnculas legais só pode ser ilegal está disposto a conceder uma amnistía ao legítimo presidente do país que pretende usurpar e este estiver disposto a deixar que isso aconteça.

Que falta de vergonha na cara!

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