30.12.10

Pequenas delícias da nossa Constituição #6

No seguimento do post anterior e porque o único problema da nossa Constituição é não ser cumprida (como disse a Heloísa Apolónia da bancada parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes no 25 de Abril).


"1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação; 
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos; 
d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;
e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;
f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada."




Do combate ao desemprego

Este post vem no seguimento dos anúncios da retirada de isenções no Sistema Nacional de Saúde (SNS) para os desempregados.

Não só os desempregados, seus conjuges e filhos menores passarão a pagar as taxas moderadoras do SNS como terão que começar a pensar duas vezes antes de chamar a ambulância porque terão que pagar os transportes não urgentes!

Assim quando a criança começar a asfixiar com o ataque de asma vão pensar se é melhor chamar a ambulância ou se aquilo não acabará por passar sozinho. Ou quando partir um braço se calhar vale mais levar ao endireita que ao hospital. Ou mesmo quando o avô tiver um mal-estar estranho no peito deve ser do almoço que foi pesado e não vale a pena ir às urgências porque seguramente não é um ataque cardíaco.

Enfim, a saúde é capaz de não melhorar, mas os números do desemprego de certeza que se tornarão menos alarmantes!

29.12.10

Aforradores? Não! Agiotas!

O (infelizmente) nosso Presidente da República e candidato presidencial diz que se recusa a insultar os que nos emprestam dinheiro, a saber: as companhias de seguros e os bancos europeus, segundo ele os aforradores do nosso país.

O PR esqueçe-se é que os que emprestam dinheiro há-os de duas classes: os que emprestam como emprestam os amigos quando estamos em problemas e os que lucram com a desgraça alheia, os agiotas que na falta de pagamento partem uma perna ou um braço ao devedor.

É isso que são as companhias de seguros e os bancos europeus: agiotas.



Eis aqui o Agiota
Fausto Bordalo Dias

O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes #3

Os Seminários





Com a participação da delegação portuguesa, aplicada e dignificante. Foi a troca de experiências, conhecer diferentes realidades através de quem as vive e as constrói.
Foi particularmente agradável observar a vontade de partilhar e a curiosidade de saber mais dos participantes.

O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes #2

A Abertura:


 
Sim, chegámos tarde... mas chegámos!



O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes #1

Visão Geral

O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes decorreu de 13 a 21 de Dezembro em Tshwane na África do Sul.
Teve uma programação rica, de temas variados, durante a qual muitos milhares de jovens do Mundo se mostraram solidários com povos como o do Sahara Ocidental, ou da Palestina, discutiram o desemprego, a Paz e a guerra, a pobreza. Conversaram sobre o acesso à cultura e aos recursos naturais. Enfim, falaram de todos os assuntos sérios que afectam o Mundo e a juventude em particular e com particular intensidade e a seguir dançaram e cantaram e conviveram.
O Festival correu bem apesar das provocações de uma delegação marroquina absolutamente desligada do espírito de paz e de liberdade do Festival.
Foram oito dias de convívio são, de conhecer gente de inúmeros países, de encontrar similitudes e diferenças, de conhecer culturas de longe, de rir dos costumes próprios e alheios; foram oito dias de ginástica mental intensa no ultrapassar das barreiras linguísticas, porque a vontade de comunicar era muita e grande. Mas sobretudo, foram oito dias de trato cordial e amigável; foram oito dias de boa disposição e alegria que provam que a boa convivência entre a juventude e os povos do Mundo não só é possível como é lógica.

Pequenas delícias da nossa Constituição #5

"1. É garantida a liberdade de aprender e ensinar.
2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
3. O ensino público não será confessional."


25.12.10

Céus! #6

 (Ana Martins, Dezembro de 2010, Tshwane, África do Sul)

"Este céu é maior que o nosso!"

2.12.10

Pequenas delícias da nossa Constituição #4


"1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização" 

"2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação."

1.12.10

O Ateneu de Coimbra fez 70 anos!

Hoje o Ateneu de Coimbra (a melhor colectividade da cidade) fez 70 anos.

Ao longo da sua História tem tido que saber sobreviver a muitos obstáculos que lhe têm aparecido pelo caminho. Honrando o seu passado desde Estado fascista e perseguidor aos dias da liberdade que ajudou a construir continua de portas abertas a quem nele procure um ambiente de companheirismo e desenvolvimento humano; a quem nele procure o apoio solidário e fraterno de um colectivo que acolhe todos os que venham por bem.

Hoje almoçámos em saudável e alegre convívio (nem poderia ser de outra maneira), ouvimos as palavras de um dos que este ano cumprem 25 anos de sócios do Ateneu, cantámos os Parabéns (com a música da Internacional, claro), comemos bolo, conversámos... Enfim, celebrámos.

É, sem dúvida, um grande motivo de orgulho ser sócia do Ateneu de Coimbra!