Em qualquer telenovela que se preze é possível prever o seu desfecho tendo visto apenas o primeiro episódio. Também o desfecho da discussão do Orçamento de Estado para 2011 era previsível desde o dia em que o PS o apresentou.
Depois de muitos episódios a dizer que talvez, depois que não, depois que de maneira nenhuma, depois que talvez outra vez, como previsto, no final, o PPD-PSD abster-se-á, viabilizando o OE.
Esta telenovela nacional inclui muitas características das telenovelas convencionais. Tem maus da fita e sofredores às suas mãos, tem chantagens, amedrontamentos e mentiras. É rica em teatralidades, gritos, apertos de coração e lágrimas de crocodilo. Tem gente de carácter e caras-de-pau; tem amigos que avisam e ingénuos que vão na conversa do vilão. Só lhe falta o ingrediente que de facto nos dava jeito que tivesse. Falta-lhe o "viveram felizes para sempre".
Tristemente na nossa telenovela do OE os vilões não morrem nem vão presos, pelo contrário, são premiados, vivem bem e às nossas custas!
2.11.10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nas telenovelas, muitas vezes, o final é a pedido dos espectadores, mas nesta, nem sequer têm hipóteses de sugerir.
ResponderExcluirOu melhor, quando votaram, escolheram o enredo e o desenlace triste que os faz chorar.
Quando esta acabar começa outra, igual ou pior.