Ao ler no Público de ontem as principais medidas do acordo com a troika há uma sucessão ordenada de reacções.
Primeiro espanto-me (sim, eu sei, não devia, já devia estar à espera; mas espanto-me ainda que pouco, não consigo evitar), assimilo.
Depois vem uma mistura de uma grande dose de tristeza com a pontinha da faca do desespero a começar a espetar-se. E desespero porque nos vai custar tanto, a nós colectivo do povo português e a cada um de nós, enquanto pessoa individualizada e de características e história(s) irrepetíveis (por mais semelhantes que sejam). E entristeço-me porque sei que vamos demorar muito a recuperar desta estocada (aqui só nós, porque só o colectivo e em colectivo nos levantamos desta).
A seguir respiro fundo, penso que coisas piores já nos aconteceram (nós povo português, mais uma vez) e demos a volta, e construímos um país muito melhor do que alguns abutres agoiravam (e queriam) que pudéssemos conseguir. Penso também que o mais provável é que coisas piores estejam ainda para vir e que teremos que saber sobreviver-lhes.
E quase a terminar penso que isto vai dar é mesmo muito trabalho a resolver.
Por fim, organizo-me (é claro!), arregaçamos as mangas e lutamos!
E dia 5 sei bem em quem voto, é na CDU!
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