29.5.11

Trabalhinho, muito trabalhinho para fazer

Não é que tenha andado longe daqui. Até cá tenho passado várias vezes, mas entre trabalho, campanha, luta (não que a nossa campanha não seja também ela luta) e associativismo, não me tem sobrado tempo para mais do que visitas de médico. Lá vou visitando os blogs amigos, lendo coisinhas interesantes, umas bonitas outras revoltantes; umas mais cínicas que puxam o cantinho do lábio naquele sorriso assimétrico meio torcido, outras mais directas e pedagógicas, mas quase sempre sem tempo para comentar.

Mas agora arranjei um bocadinho para escrever aqui para a Eira e posso enfim contar-vos que em Coimbr se pintaram as Escadas Monumentais (historicamente pintadas por diverssíssimas pessoas e organizações que as tentaram fazer mais nossas e menos salazarentas). Escadas que ficaram (e isto também será uma questão de gosto, mas enfim) claramente mais bonitas (até porque pintadas com brio além de tinta de água). Ficaram profundamente reivindicativas como poderão constatar aqui, porque não é só um apelo ao voto na CDU o que lá se pintou. É a denúncia, a exigência, enfim, a demonstração clara de que Portugal precisa urgentemente de uma política de esquerda, precisa de quem vote na CDU.



Posso contar que no círculo de Coimbra ninguém precisa de ter amargos de boca depois das eleições porque o Manuel Rocha, cabeça de lista da CDU não desilude, como se observa facilmente ao ouvir as suas intervenções políticas e poderá confirmar qualquer pessoa que o conheça.



Posso contar que, apesar das provocações de indivíduos mal-intencionados (e alguns diminuídos mentais também) filiados nas juventudes partidárias da triste e subserviente troika nacional o concerto e o comício de dia 24 de Maio correram bem.



Sobre isto, cabe sobretudo frisar o enorme civismo demonstrado pelos apoiantes da CDU presentes no comício, que perante provocações claramente com a intenção de levar a cenas de pancadaria por parte dos defensores do "bota-abaixo" da alta de Coimbra, mantiveram a calma e organizaram um cordão de segurança para evitar problemas maiores. Substituiram mesmo a polícia que chamada pela CDU não compareceu ao local de boicote de um acto de campanha eleitoral, na manutenção da ordem e da tranquilidade.







Mas isto é tudo coisas que já foram e importa o que está para vir. E o que está para vir é uma semana de campanha, de distribuições, de contactos, de conversas. Sobretudo de conversas, porque o papel é a desculpa para entabular a conversa. E sacudir as pessoas desse amodorramento, dessa depressão que se lhes colou à pele. Dessa pegajozice que prende o pensamento de tanta gente e a leva a pensar que as coisas não podem mudar, que "sempre foi assim" que "sempre houve ricos e pobres", "oh menina, e a gente lá pode fazer alguma coisa?! Eles é que mandam na gente!".
É preciso convencê-las "que somos um rio que vai dar onde quiser", "que somos um mar que nunca mais tem fronteiras e havemos de navegar de muitíssimas maneiras".

É preciso convencê-las a levar a luta até ao voto!


Agora CDU!

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