17.3.11

Assim ou com mais cheiro a mofo?

"Foi um esforço tamanho da Nação. Foram anos de incorporações sucessivas, envolvendo cerca de um milhão de jovens de todas as regiões do País que, de forma exemplar, cumpriram a sua missão por terras africanas."

"Saudamos com especial apreço, pelo muito que lhes devemos, os militares de etnia africana que, de forma valorosa, lutaram ao nosso lado. Todos, combatentes por Portugal!"

"É, aliás, de toda a justiça distinguir a intervenção militar que permitiu que um País com a dimensão e os recursos de Portugal pudesse manter o controlo sobre três teatros de operações distintos, vastos e longínquos. É internacionalmente reconhecida a forma como foi concebida a estratégia da guerra e travados os combates, o que demonstra o esforço do País e dignifica a memória dos seus combatentes."


"A guerra em África materializou, como salientei em 2010, no Dia do Combatente, “o fim violento de um ciclo nacional, mas que deixou, nas picadas sangrentas que trilhou, honra militar capaz de abrir o caminho a uma cooperação fraterna e frutuosa” com aqueles países irmãos."


"A vossa geração criou, também, as condições para que Portugal seja um País democrático, mais livre, mais solidário e mais aberto ao Mundo. Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do País com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar."


Aníbal Cavaco Silva
Discurso na Cerimónia de Homenagem aos Combatentes
15 de Março 2011

No discurso do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, do PPD-PSD de Sá Carneiro (gosto das coisas claras e bem explicadas)  na Cerimónia de Homenagem aos Combatentes, por ocasião do 50º aniversário da Guerra Colonial, são raros os parágrafos que não tenham alguma alusão racista ou fascista.

Ver também aqui, aqui e aqui.

3 comentários:

  1. Este discurso foi na véspera do 16 de Março, data do 37º aniversário do levantamento das Caldas, que precedeu o 25 de Abril. Se calhar foi por isso. Achava que ainda estava no Estado Novo - e se calhar não está nada fora da razão!

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  2. É realmente inacreditável este discurso...

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