28.4.11

O 25 de Abril no Ateneu de Coimbra

Depois de preparações que começaram vários dias antes começámos na noite de Domingo a celebrar o 25 de Abril no Ateneu de Coimbra.
E foi uma festa linda!

Teve muita gente




Encontros fraternos


Participações musicais de estilos diversos e de todas as gerações

(O Centro de Dia 25 de Abril)

(Os Rebimbómalho)

(Os Rebimbómalho)

(Os que se juntam mesmo sem nome certo, mas que também fazem parte dos Diabo a Sete)

(O Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra)


(Os que se juntam mesmo sem nome certo mas com grandes nomes e talentos, mesmo com mobilidade reduzida)

Como não podia deixar de ser queimámos e fascismo ao som da Grândola


E continuámos a noite entre música e cantoria; comes e bebes; danças e cansaços; mas sempre na boa companhia e espírito de Abril que me contam (e eu acredito) que caracterizava o Ateneu mesmo antes de Abril o ser.

Foi uma grande festa!







22.4.11

Virar à esquerda é preciso!

 (Ana Martins, Serra da Lousã, Abril 2011)

19.4.11

O despesismo das férias

Conta-nos o Público que:

"Os visitantes nacionais ocupam o quarto lugar no ranking das despesas realizadas com alojamento no exterior. Mas são dos que menos gastam quando fazem férias em Portugal."

Claro que a palavra que aqui está mal é "quando". Não é uma questão de "quando", é de "quem".
Os portugueses que têm dinheiro para pagar férias no estrageiro têm, tipicamente, mais dinheiro para gastar em alojamento. Os portugueses que têm dinheiro para fazer férias no território nacional e não no estrageiro terão, tipicamente menos dinheiro para gastar em alojamento.

Depois, e provavelmente mais importante que estão questiúncula da treta, é a enorme quantidade de portugueses que não tem dinheiro para ir de férias apesar de se esfalfar a trabalhar bem mais de 40 horas por semana. Isto já sem pensar nos que bem queriam trabalhar mas estão desempregados neste país que tanto precisa de aumentar a produção, neste país que tanto potencial tem e que se dá ao luxo, ainda assim, de desperdiçar a enorme riqueza de recursos humanos que possui.

Qualquer dia, qualquer dia!

18.4.11

25 de Abril

Na noite de 24 para 25 de Abril de 2007 assinei a ficha de inscrição no Ateneu de Coimbra.

Todos os anos o Ateneu de Coimbra promove comemorações (na noite de 24 para 25 de Abril) do dia da Liberdade, da Revolução que aí se iniciou, dos ideais que a nortearam e faz justiça aos que a fizeram e ainda fazem (porque a Luta continua).

Foi o último 25 de Abril que passei em Portugal. Este ano lá volto, de 24 para 25 de Abril, no Ateneu de Coimbra, claro!
Queimo o fascismo, canto a Grândola e bebo um copo em boa companhia.

Dia 25 tenho encontro marcado na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Até lá!

13.4.11

A Revolução de um homem só


(imagem surripiada aqui)

A mim que nasci vário anos depois do 25 de Abril, a figura de Otelo Saraiva de Carvalho (OSC) nunca me inspirou particular simpatia. Há uma série de tempo que o considero um cobarde vaidoso, com muita, mesmo muita lata.
É por isso que tendo a não tecer considerações quando decide abrir a boca para deixar sair mais umas das costumeiras estupidezes.


Ainda assim, hoje achei que o tipo exagerou. Ao ler a entrevista ao Público fiquei mesmo quase boquiaberta.


Pelos vistos, e segundo o próprio, Otelo fez o 25 de Abril. Mais, Otelo fez a Revolução!


Qual Salgueiro Maia?! Qual MFA?! 
Qual povo português a construir o seu caminho!?
Qual Vasco Gonçalves?! Qual Costa Gomes!?
Quais barricadas!? Quais ocupações de campos e fábricas?!


Era o que mais faltava! Não senhor! Otelo Saraiva de Carvalho fez tudo! Liderou todos os ramos das FA, foi Presidente da República (bem quis!) e Primeiro Ministro ao mesmo tempo! Arou a terra inculta das herdades alentejanas, e coseu camisas de linho no Minho. Nacionalizou a banca e os seguros e escreveu e votou até a Constituição sozinho. Foi ele quem fez a Revolução!


E eu que achava que os meus humildes paizinhos tinham lá posto o seu grão de areia.
Andei bem enganada! Afinal a canção era "Força, força, companheiro Otelo!".


De facto, esta entrevista só vem demonstrar mais uma vez o carácter oportunista, de protagonistazeco de meia-tigela, de cobarde que foge com o rabo à seringa que OSC é.


A única coisa de que eu não duvido nada em toda a entrevista é da sua incrível capacidade de fugir às responsabilidades que são suas. 
Já para o fim da entrevista OSC diz que se soubesse ao que chegaria o País “Pedia a demissão de oficial do Exército, nunca mais punha os pés no quartel, pois não queria assumir esta responsabilidade”.


Pois claro, o trabalhinho sem reconhecimento imediato não é com ele, não. Mas não é de estranhar enfim, afinal, ele é quem sendo comandante do COPCON ficou em casa no 25 de Novembro!

11.4.11

Olaia


Ana Martins, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, Março 2011

A Nobreza ao serviço do capital burguês

Não deixa de ter a sua piada ver Fernando Nobre encabeçar a lista do PPD-PSD pelo círculo de Lisboa.
O candidato sem partido; o das ONGs; o bom homem cujo sonho era ter um hospital no meio do mato e curar as pessoas (esses pobres selvagens que vivem nas profundidades selváticas, que os outros que têm sarampo em vez de malária não têm grande piada) cede aos encantos do partido de Sá Carneiro.

Pobres desencantados, os crédulos que nele votaram... Tivessem votado no Chico Lopes, agora não tinham amargos de boca! Mas também, esses às tantas até vão votar PPD-PSD porque se o Fernando Nobre acha que é melhor (e é tão bom homem, até é de uma ONG) então deve mesmo ser melhor.

Enfim, eu rio aquele riso meio amargo, de quem não tendo amargos de boca pela orientação (e convicção) de voto gostaria muito que o resto dos portugueses também não tivesse. Seria sinal de que votavam muito melhor do que votam!

8.4.11

Ontem na Antena 1

Ontem de manhã, tomava o costumeiro café enquanto ouvia o noticiário da Antena 1 e fiquei valentemente surpreendida!
Ouvi, no meio de uma peça que falava sobre os efeitos da entrada do FMI em Portugal em 1976 e 1983, dizer a locutora que sendo Presidente da República Ramalho Eanes e Primeiro Ministro Mário Soares se tinham vendido 114 toneladas de ouro dos cofres do Estado português.

E eu que pensava que por essa altura já não havia ouro nos cofres do Estado! Pelo menos sempre ouvi dizer ao PS (e restantes escroques desta sociedade) que Vasco Gonçalves tinha espoliado a nação das riquezas (leia-se ouro) acumuladas! Então afinal havia? Então afinal ele não o vendeu? Então afinal foi o Mário Soares?

É muito giro ver as verdades a virem acima... e na rádio pública!
Cheira-me que também anda a apertar para aqueles lados...

7.4.11

Promessas

Prometo que no fim-de-semana venho cá pôr a conversa em dia. Mesmo!
Estou a dever muitas fotografias aos leitores da Eira e algumas reflexões que, tendo tido tempo de fazer, não tenho tido tempo de escrever.

Nunca mais é Sábado!

1.4.11

Queremos Trabalho, exigimos Direitos!

Mas que dia grande dia para uma jornada de luta!




Até já!

27.3.11

Porque também pelos ouvidos entra a felicidade

Hoje trago-vos uma canção que o Luís Garção Nunes da Brigada Victor Jara teve a simpatia de pôr no Youtube. Mais que uma canção, esta é uma deliciosa junção de diversos pregões de Lisboa, envolvidos e harmonizados por música com a qualidade habitual da Brigada.

Trago cá esta em particular porque também os sons que não são bem música compõem a nossa cultura (transfronteiriçamente muitas vezes), nos dão identidade e sentimento de pertença e aquela vaga sensação de conforto quando os ouvimos como se, ao ouvi-los soubéssemos que tudo está no seu lugar.

Lembrei-me dela porque esta manhã acordei com essa vaga sensação de conforto enquanto um amolador descia a minha rua, tocando o seu tão característico apito, e de bicicleta pela mão, já que a rua tem um declive muito desencorajador. Desfrutem.




Pregões
Brigada Victor Jara

25.3.11

Pequenas delícias da nossa Constituição # 8


"Compete às associações sindicais exercer o direito de contratação colectiva, o qual é garantido nos termos da lei."


-Ponto 3 do Artigo 56º: Direitos das associações sindicais e contratação colectiva.

Esta pequena delícia vem na sequência da greve dos trabalhadores da Metro Lisboa pelo cumprimento efectivo do seu contrato colectivo de trabalho.

O que quisermos fazer dele!

"É essencial que Portugal confirme o plano desenhado e aprovado” pelas instâncias europeias
-Jean-Claude Trichet

"os partidos da oposição em Portugal não podem pensar que as condições de austeridade defendidas por Bruxelas vão ser alteradas"
-Nicolas Sarkozy

"Jean-Claude Juncker, deu eco à pressão europeia para Portugal pedir auxílio financeiro ao fundo de socorro do euro, dizendo que, no caso de haver, de facto, uma solicitação, o montante “apropriado” da ajuda rondaria 75 mil milhões de euros."

"Angela Merkel, que já de manhã dissera estar “grata” a Sócrates pelo trabalho de consolidação orçamental e lembrou, tal como Trichet, que as medidas tomadas pelo executivo português receberam o apoio da Comissão Europeia e do BCE."

"Os chefes de Estado e de Governo da UE brindaram José Sócrates com uma salva de palmas, uma tradição do Conselho Europeu para se despedir de um membro que poderá estar a ver pela última vez nas actuais funções." (e que tão bem os serviu (este àparte já é meu)).


Agora o que temos mesmo é que ensinar a estes meninos (e aos que por cá andam a achar que mandam também) é que Portugal é o que nós, povo português, decidirmos fazer dele, não o que eles mandarem.

Porque se Portugal é um país lindíssimo, de clima ameno, bonitas praias, boas florestas, excelente comida e de hospitaleiras e sossegadas gentes, é para quem vem por bem. Não é para quem vem sugar o fruto do nosso trabalho e passar férias jogando golf. Não é para ser quintal de ninguém!

Portugal não é um país pobre!

Tem uma enorme costa subaproveitada, potencial silvícola, pecuário e agrícola (desde que as barragens sirvam para a agricultura de regadio e não para os apregoados campos de golf). Tem uma enorme tradição e vasto conhecimento industrial, na metalurgia, no trabalho do vidro, nos tecidos e confecções, nos sapatos, na cutelaria, no papel, na cortiça, nos vinhos, nas conservas.

Tem boas Universidades públicas onde se faz investigação em parceria com os institutos mais conceituados, se desenvolve tecnologia de ponta e se forma profissionais qualificados (tão qualificados que são aproveitados pelas grandes potências económicas).

Mas sobretudo, tem um povo trabalhador, esmerado e brioso do resultado do seu trabalho (com as excepções que haverá sempre que considerar, claro) que trabalha afincadamente até em condições profundamente adversas.

Portugal tem todas as condições para se desenvolver, desde que nos livremos dos que há mais de 30 anos nos boicotam, desde que mudemos de políticas com a mudança de governo.

Meus caros, Portugal é o que quisermos fazer dele!

22.3.11

Imagens da Luta

Manifestação de 19 de Março, convocada pela CGTP-IN

(Desculpará o leitor que eu não tenha acesso a pontos elevados para tirar daquelas fotografias bonitas em que se nota que o mar de gente é a perder de vista, mas faz-se o que se pode).

Nas Amoreiras (concentração do sector público).


A descer a Avenida da Liberdade.

De Norte a Sul do país.


A justiça das reivindicações porque o Homem nasce para ser feliz.


Os cérebros que ainda não fugiram.


A boa disposição, porque como dizem os outros a Luta (também) é alegria.


Os tais "outros" que também lá estiveram.


As boas companhias porque também de bons encontros e conversa são feitas as manifestações e a Luta.


A Juventude porque a Luta continua!


De todos os sectores porque o ataque é generalizado.


A partir dos Restauradores e a olhar para cima

Ainda nos Restauradores e a olhar para cima.


Ainda nos Restauradores mas a olhar para Sul.

Como é visível, foi uma grande jornada de luta!
Por isso, pela Primavera a chegar e pelas boas companhias, foi também um grande e belo dia!

(Restantes fotografias aqui)

The happiness bringer

-Oh shoot! I forgot to bring dinner again!
-Now, now, darling. Not to worry, you know the only thing I expect you to bring home is happiness!

Os interesses do PCP

Ontem à noite ouvi alguém dizer que os interesses partidários estavam a ser postos à frente dos interesses do país e que  por isso é que estávamos em crise política.

Nessas alturas eu fico mesmo contente por fazer parte de um Partido cujos interesses, não são (como nunca foram) senão os do nosso país. Dá uma superioridade moral impressionante!


"Tomar partido é ter inteligência

é sabermos em alma e consciência

que o Partido que temos é melhor."


in Tomar Partido
-J.C. Ary dos Santos

17.3.11

Elogio da Dialéctica

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã

-B.Brecht

Assim ou com mais cheiro a mofo?

"Foi um esforço tamanho da Nação. Foram anos de incorporações sucessivas, envolvendo cerca de um milhão de jovens de todas as regiões do País que, de forma exemplar, cumpriram a sua missão por terras africanas."

"Saudamos com especial apreço, pelo muito que lhes devemos, os militares de etnia africana que, de forma valorosa, lutaram ao nosso lado. Todos, combatentes por Portugal!"

"É, aliás, de toda a justiça distinguir a intervenção militar que permitiu que um País com a dimensão e os recursos de Portugal pudesse manter o controlo sobre três teatros de operações distintos, vastos e longínquos. É internacionalmente reconhecida a forma como foi concebida a estratégia da guerra e travados os combates, o que demonstra o esforço do País e dignifica a memória dos seus combatentes."


"A guerra em África materializou, como salientei em 2010, no Dia do Combatente, “o fim violento de um ciclo nacional, mas que deixou, nas picadas sangrentas que trilhou, honra militar capaz de abrir o caminho a uma cooperação fraterna e frutuosa” com aqueles países irmãos."


"A vossa geração criou, também, as condições para que Portugal seja um País democrático, mais livre, mais solidário e mais aberto ao Mundo. Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do País com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar."


Aníbal Cavaco Silva
Discurso na Cerimónia de Homenagem aos Combatentes
15 de Março 2011

No discurso do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, do PPD-PSD de Sá Carneiro (gosto das coisas claras e bem explicadas)  na Cerimónia de Homenagem aos Combatentes, por ocasião do 50º aniversário da Guerra Colonial, são raros os parágrafos que não tenham alguma alusão racista ou fascista.

Ver também aqui, aqui e aqui.

15.3.11

Qualquer dia, qualquer dia

Eu hei-de ser uma daquelas pessoas que viveram esses tempos horríveis em que não se tinha um emprego estável, em que não se sabia se se teria trabalho no mês seguinte, ou na semana seguinte.

Saberei contar a história dos que passaram de ser dos quadros da função pública a estarem na mobilidade especial.

Serei desses tempos em que as pessoas se perguntavam quanto tempo mais demorariam a encontrar trabalho porque há vários meses que procuravam sem sucesso.

Serei desse tempo em que as pessoas sobreviviam de biscates taxados a 30 % do que recebiam.

Serei desse tempo em que um licenciado, um mestre ou mesmo um doutor poderia estar a desempenhar trabalho altamente qualificado durante anos a fio sem que isso fosse contabilizado para a idade de reforma ou contando como se recebesse o ordenado mínimo para o cálculo da pensão de reforma porque não tinha um emprego, tinha uma bolsa. Mas também serei do tempo em que o Estado desperdiçava o investimento (cada vez menor, é certo) feito na formação académica dos seus cidadãos empurrando licenciados e mestres para as caixas dos supermercados, o desemprego e a emigração.

Serei desses tempos difíceis de imaginar em que a educação se pagava e era só para alguns e a saúde também.

Serei desse tempo em que os idosos morriam de fome ou de doença porque se se medicavam não comiam e se comiam não se medicavam.

Serei daquela época negra em que havia milhares de pessoas a passar a noite em caixas de cartão dentro de multibancos.

Terei vivido aqueles anos estranhos em que as negociatas espoliavam o Estado do dinheiro dos contribuintes e se tapavam os buracos saqueando salários e pensões de reforma.

Farei parte dessa fatia da população que pode contar a história de quando os corruptos chegavam a lugares de poder e ficavam impunes mesmo quando havia provas contra eles apuradas pela polícia.

Serei uma dessas pessoas que contarão como era preciso deitar contas à vida e ver na bola de cristal o futuro antes de decidir ter um filho.

Terei netos que não entenderão como os bancos puderam algum dia ser privados.

Contarei o conto de como em tempos idos havia blocos político-militares que governavam além fronteiras.

Serei uma dessas pessoas que saberão contar como era quando a economia controlava a política e não ao contrário.

Serei alguém que poderá contar como o Povo se levantou e disse "BASTA!".

Um dia o Portugal em que vivemos fará parte do imaginário dos meus netos da mesma maneira que o fascismo faz parte do meu; e eles estranharão o velho de maus vinhos que no café dirá "No tempo do capitalismo é que era, a ver se não andavam todos em sentido, não era como agora, não!".

E esse dia já esteve bem mais longe.