Como o dito tem um grande fundo de verdade é natural que Mário Soares, habituado desde há décadas a mentir ao nosso povo, não consiga falar-nos com a verdade.
No seu artigo de opinião no DN intitulado
"O programa eleitoral do PS e o futuro" mente mais uma vez e com quantos dentes tem na boca.
Há diversos pontos que me parecem particularmente interessantes, começando pela insinuação, perdão, pela afirmação clara e directa de que qualquer análise que se faça agora das políticas do governo PS cessante será pouco clara, a quente, que é muito polémico e que
"só passada a poeira do tempo poderá ser analisada com perfeita objectividade". Mas na verdade, nem vale a pena fazer essa análise, nas palavras desse senhor porque
"não é o momento de discutir o passado, porque o que interessa agora à maioria dos eleitores é que garantias lhe são oferecidas para o seu próximo e incerto futuro".
E avança com as mentiras, dizendo que o PS é socialista e de esquerda, que sempre se bateu
"pelo reforço da Segurança Social, pela luta contra a pobreza, pelo Serviço Nacional de Saúde, (...) pela defesa dos trabalhadores mais desfavorecidos".
Mas sobretudo, há que não ter memória, porque segundo este indivíduo não se pode olhar para o futuro tendo presente o passado. Porque se deve mobilizar o eleitorado português
"ignorando as polémicas e o que se fez ou errou no passado. Voltando-nos resolutamente para o futuro, invocando os nossos valores ideológicos e integrando-nos na nova esperança que a superação da crise nos suscita".
É tão prático para gente (?) como Mário Soares que não haja memória... É uma grande estratégia sim senhor!
Ora, eu cá gosto mais da perspectiva do Sérgio Godinho que em 1974 dizia
"É pra ver o Futuro em função do meu Passado" na sua canção O meu compadre.
E, por isso mesmo, voto CDU!