18.8.09

Contraproducências

Hoje estou um bocadinho egocêntrica de modo que me vou queixar de uma questão de certa forma pessoal.

A minha escola quer avaliar os meus progressos na elaboração da minha tese de mestrado. Tenho de ser avaliada até dia 28 e está marcada para dia 25.

Como a minha escola tem que se assegurar que estou a trabalhar na tese tenho que produzir um documento que, sem ser a tese, comprove que não ando a dormir e a estou a fazer.

Devido a essa necessidade da minha escola, agora que já acabei o trabalho de campo e que me podia dedicar a analisar os dados e processar as amostras dele resultantes para as entregar ao Laboratório, ando a perder tempo na elaboração do dito documento em vez de efectivamente trabalhar na minha tese!

Claro que se pode argumentar que o documento me serve para a tese, mas tendo em conta que o conteúdo teórico da tese depende em certa medida dos resultados encontrados e tendo também em conta que terei de refazer a revisão bibliográfica para a actualizar quando me puser a escrever a tese propriamente dita, isto parece-me tudo particularmente inútil!

Mas assim a escola sabe que eu estou a trabalhar na tese, embora para isso eu tenha que parar de trabalhar na tese...

(Sim, eu sei, a palavra tese repete-se muitas vezes, mas não consigo deixar de pensar nela...)

7 comentários:

  1. Mas que raio de documento tão complexo é esse? Não podes entregar a tese (ou um pedaço dela) no lugar?

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  2. Isso é um relatório de progresso. Em boa verdade, teoricamente faz sentido, como instrumento de gestão de um projecto, embora a forma como tu ponhas a questão aparente reduzi-la ao absurdo. Eu tentaria fazer uma descrição procedimental fundamentada que enxertasse quase harmoniosamente no texto da tese propriamente dita.
    Só para brincar, recordo uma do chefe do Dilbert:"I need an update report on your progress, a status report on your update and a progress report on your status"

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  3. eu tenho que fazer uma "meia-tese".
    assim, a meio da tese, pedem-me uma tese, feita a meio da tese. com apresentação e juri e tudo.
    quando as coisas estão a correr bem, é um desperdìcio de tempo. quando estão a correr mal, dà muito jeito, que tu a falares com um orientador és facilmente ignoràvel. um juri não.

    no teu caso, com um relatorio para arquivar, é apenas chato. :)
    coragem!

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  4. Nuno,no meu caso também é meia-tese, teoricamente. Teoricamente reune o Comité Tutelar (orientador e mais dois) apresentas e eles avaliam-te. Mas neste caso não os consigo juntar, portanto entrego um documento, muito mais pobre que uma apresentação porque não tenho nada de especial (ainda agora acabei o trabalho de campo... Enfim fará pouco juz ao meu trabalho e estorva, mas é com o que me avaliam...

    Mas pronto, daqui a uma semana e meia já acabou e eu tenho férias finalmente...

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  5. Faz parte do jogo... Talvez por ser sociologia, as nossas avaliações intermédias são um pouco diferentes: são muito mais uma oportunidade de expor-nos à critica e corrigir os erros que qualquer coisa que vá aparecer no currículo. Leva-o nesse sentido! Faz uma boa discussão metodológica e conceptual, não para ser avaliada mas para ser corrigida. Força nisso. Amanhã já acabou. Bjo

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  6. Com calma tudo se consegue.

    Desculpa pela publicidade. Samuel Cruz, candidato à Câmara pelo PS no Seixal, continua a sua demanda de victimização. Vejam porque no blogue O Flamingo

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  7. Samuel Cruz, candidato a Presidente da Câmara Municipal do Seixal pelo PS, utiliza um pseudónimo (HSerejo) para lançar calúnias e ofensas contra o executivo CDU da Câmara Municipal do Seixal. Vejam as provas e o desenrolar do processo no blogue, O Flamingo.

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