23.5.10

O PR e as empresas


Segundo o nosso PR (nosso, mas não graças a mim certamente)

"Nunca o país, desde 1974, precisou tanto do contributo dos empresários privados para vencer a crise em que nos encontramos"
E aconselhou mesmo os empresário com quem se reuniu (a saber todos de grandes empresas com investimentos no estrangeiro) a procurar mercados fora do país para colocar os seus productos.

Claro! Estimular o mercado interno nem pensar! Produzir aqui, onde a mão de obra é baratinha, onde o governo ajuda a destruir os direitos dos trabalhadores (de braços dado com o maior partido de "oposição") e onde, com um bocadinho de sorte até a Constituição será um dia deste mais favorável a estas empresas. Às pequenas e médias não, essas devem ser corridas do panorama nacional, banidas, escorraçadas ou simplesmente esmagadas, para abrir caminho para as grandes, essas sim produtivas. Mas sim, produzir aqui como quem produz em Taiwan e depois vender nalgum lado onde os salários possam pagar os preços altos que geram o lucro.

Parece-me um excelente negócio. Para os empresários, claro. Para nós (1ª pessoa do plural, colectivo que somos o povo português) não...

Um comentário:

  1. Pois é, neste particular, o plural majestático só pode ser usado pelo indefectível amigo dos empresários 'privados', como é o modestíssimo PR.

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