30.9.10

Os apertões

Ontem fui ao Porto, à manifestação organizada pela CGTP.
Foi bom ir ao Porto, a manifestação correu bem, estava muita gente. Iamos bem dispostos, gritávamos palavras de ordem, conversávamos com os amigos que já não víamos há muito. Tirei fotografias (depois ponho cá), encontrei caras conhecidas no SPRC, apanhei os trabalhadores da Brisa em luta contra as máquinas automáticas, os dos CTT que não querem que a mais-valiam a geram encha o bolso de algum privado, enfim, muitos.

Cheguei a casa pouco depois das 20h, a tempo de ver as manifestação no noticiário, pensava eu, mas o que vi foi que as manifestações não chegaram.
Vi os anúncios das medidas de austeridade a serem aprovadas na AR como Orçamento de Estado (OE).
Vi que já nem se fala em congelar salários, são mesmo reduções salariais para a administração pública, já a sairem do forno, fresquinhas, prontas a aplicar.
Vi que o IVA aumentará outra vez, como se não tivesse aumentado há três meses.

Vi a mentira, porque nenhuma medida das anunciadas combate a recessão financeira ou gera emprego, pelo contrário. As medidas anunciadas diminuem o poder de compra, provocam o colapso das pequenas e médias empresas, que dependem do mercado interno e assim geram desemprego, que diminui o poder de compra  (estão a ver onde isto vai, não estão?).


Já não se trata de apertar os cintos, aos trabalhadores portugueses o Governo (e os compinchas que viabilizarão o OE) tentam agora apertar os pescoços.

Agora é preciso é não deixar. É preciso é resistir e Lutar!

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