4.10.09

Apontamentos sobre o "SIM"

Todos tirados do Público:

"Todos os partidos dizem para votarmos sim"

"Votei 'sim'. Mas não sei dizer muito sobre isto. Senti que era melhor para nós, para não ficarmos sozinhos."

"'O Governo está num desespero. São como cordeiros à beira do precipício e seguem em frente' afirma recordando as 'ondas de choque' provocadas pela primeira rejeição. 'Eles não sabiam o que fazer, foi muito dramático'."

"'Infelizmente, desta vez muitas pessoas vão votar 'sim' por estarem assustadas', diz, acusando o Governo de ter mentido ao sugerir que a Irlanda teria que sair da UE ou que a economia ficará ainda pior se o 'não' vencer."

"Decidiu-se pelo 'sim' porque 'não podemos estar fora e dentro, só temos um caminho'."

"'Não sei sobre o tratado. O que li era impossível de perceber. Eu não percebo muito de política mas tentei informar-me com um colega que se interessa mais e ele também não me soube explicar.' Mas acredita que se o Tratado de Lisboa passar os filhos 'vão ter mais futuro, mais oportunidades'."


Acho que há pouco mais a dizer... Poupou-se ao povo irlandês ir mais vezes às urnas sufragar o que já tinha sufragado. Por outro lado, embora sabendo-se de antemão o resultado final, pelo menos alguém sufraga o Tratado de Lisboa...

Vale a pena ler o que o Fernando Samuel do Cravo de Abril escreveu.

3 comentários:

  1. Bom Dia menina!

    Há muito que sigo este blog, mas só agora vejo razão para lhe responder ... com uma pergunta...

    O que é que podemos fazer? Já tinha reparado nesta tendência, afinal, o mesmo, se não me engano, se passou cá em Portugal. Eu considero que a democracia já terminou à muito. Todos vivemos em regime de ditadura em que o ditador está escondido e em que o povo, o nosso bendito mas sempre tão demasiado inocente e fácil de enganar povo, não se apercebe de tal.
    É a ditadura perfeita: por um lado não haverá revolução pois todos somos 'livres' de falar e dizer e fazer; por outro, tudo o que falamos e dizemos e fazemos é completamente inútil para mudar seja o que for que o sistema ditatorial, comandado por esse invisível ditador, já, à priori, decidiu.

    Triste vida e triste fado é o que é...


    Miguel (cbr :)

    ResponderExcluir
  2. Primeiro um esclarecimento: Não se passou o mesmo em Portugal. Nós nem sequer fomos chamados a decidir sobre o caso. Simplesmente não houve referendo para ninguém sobre o Tratado de Lisboa!

    Respondendo à pergunta:
    Se segue a Eira há muito já deve ter dado conta que ainda que eu possa pensar "triste vida" não consigo pensar "triste fado".

    A vida política do nosso país não é um fado, é o que fizermos dela. Os ditadores também caem (de cadeiras e poleiros) é preciso é atirá-los. A primeira coisa e mais simples que se pode fazer é não votar neles. É dar força àqueles que sabemos que defendem os nossos interesses. Para mim é votar CDU. Depois é tomarmos consciência nós e fazermos pela tomada de consciência dos outros. Isso já dá mais trabalho, mas vale bem a pena. E, entretanto, é sair à rua e gritar e esbracejar e deixar bem claro que há coisas que não permitimos nem a uma (passada) maioria absoluta nem a uma (presente) maioria relativa (com os arranjinhos que entenda fazer).

    Resumindo, o que se pode fazer é lutar! Dá trabalho, pois dá! Não é imediato o resultado, não! Mas como diz o Fausto "O barco do Povo vence que eu sei!"

    ResponderExcluir
  3. Não falava em relação ao tratado de lisboa, falava sim, em relação ao do aborto ... também não tivemos dois para decidir a mesma coisa?

    E sim, eu já vi que consegue não pensar "triste fado": deveras fantástico nos tempos de hoje, mas não é uma esperança que já tenha. Quer dizer, o problema é que o "povo" não quer fazer nada e isto vê-se bem com o constante voto PS/PSD que temos desde os cravos -_-"

    ResponderExcluir