O PS que tanto nos tem habituado às suas facções, às suas indecisões, aos seus puxa para cá mas empurra para lá que é para ver se pode ficar tudo em águas de bacalhau, desta vez saiu-se com uma particularmente gira.
"O grupo dos militantes socialistas católicos quer promover um referendo sobre o casamento homossexual se a proposta do PS passar na Assembleia da República e propõe-se participar na recolha de 75 mil assinaturas para o conseguir."
Quando li isto lembrei-me do PS de António Guterres que, depois de aprovar a despenalização da IVG na Assembleia da República, marcou um referendo em época de praia e fez marcha atrás em todo o processo. Mantendo assim o problema de saúde pública que é o aborto clandestino por mais 9 anos em Portugal. Não comparo o avanço civilizacional da despenalização da IVG com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Embora ache esta última muito importante no caminho da não discriminação com base na orientação sexual parece-me muito mais significativa a primeira.
Este "grupo dos militantes socialistas católicos" justifica a sua opinião dizendo que é "uma questão de justiça" que se faça um referendo para que "todos os portugueses se possam pronunciar sobre esta matéria". Lamentam mesmo que se "defina como prioritário o casamento homossexual (...) numa altura de crise social" em vez de se concentrar "no combate à pobreza e no combate ao desemprego".
Pergunto eu: Então e sobre o Tratado de Lisboa? Já não é uma questão de justiça? Não seria muito mais importante para o combate à pobreza e ao desemprego a discussão do Tratado de Lisboa? Eu cá não soube de nenhuma indignação dos militantes socialistas católicos por os portugueses não se poderem pronunciar sobre o Tratado de Lisboa!
Do PS e católicos! É preciso paciência!
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