Boas pessoas

O post anterior já ia demasiado grande para dar a devida importância a outro acontecimento da iniciativa de ontem, de modo que lhe dedico um post exclusivamente.

Ontem apareceu na praça de Mexicanos um casal jovem, que conjugava uma estatura relativamente baixa e um aspecto muito mediterrânico com um sorriso daqueles que só têm as boas pessoas. Eram israelitas, progressistas e de esquerda. Estavam de férias no México mais uns dias antes de seguirem para Cuba. Queriam saber mais um bocadinho da situação social de Chiapas, da qual já sabiam um bocadinho e partilharam algumas visões que têm sobre Israel.

Já conhecia alguns israelitas, mas todos muito apáticos. Embora o governo do seu país não lhes agrade demasiado não têm vontade de o mudar, preferem mudar-se. Estes não, estes mostram que é possivel o discernimento sobreviver à propaganda, que, nas condições mais adversas, se pode manter certa independência intelectual e ter vontade de ser agente de uma mudança justa e necessária.

Enfim, são boas pessoas, dessas que dá gosto conhecer, que, embora seja improvável, se espera reencontrar algures ao longo da viagem e que fazem mais feliz o dia em que as encontramos.